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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

[Quadrinho] Thor – A Era do Trovão

Capa da primeira edição americana.
Essa história tem uma peculiaridade interessante, ela narra os contos nórdicos do Thor mitológico com o design e aparência do Thor da Marvel. Você percebe isso pela falta de detalhes (acredite, isso não é um defeito) em alguns acontecimentos, que dá a impressão de que é alguém que está narrando para a gente.

Originalmente ela não foi publicada como uma minissérie segmentada, ela foi publicada em três títulos one-shot, que na época, você poderia muito bem comprar um e não sentir falta do outro, usar apenas como uma leitura descompromissada, porém os três juntos fazem mais sentido do que separados. Irei narrar brevemente o que ocorre em cada uma das edições, porém sem revelar seu final, deixo-os para curiosidade de vocês leitores.


Seguindo a ordem, a primeira história narra um conto de muito antes do “Pai de Todos” posicionar Heimdall nos portões da cidade para guarda-la, logo, Asgard é surpreendida por um ataque de gigantes de gelo vindos de Jotunheim, há uma batalha entre os deuses e os jotun, que obviamente o panteão da cidade divina, liderados por Thor vencem, mas não sem causar grande dando a capital dos deuses, um dos muros que cerca a cidade foi completamente destruído e eles temem uma invasão mais poderosa vinda daquela região.

As histórias se passam muito antes de Thor ser banido para Midgard, olha a vida de rei que ele levava.
Logo dos horizontes de Midgard (a Terra para nós), aparece um pedreiro com seu cavalo e algumas ferramentas, ele se oferece aos deuses para trabalhar na reconstrução do muro, em troca ele pede somente uma coisa, a mão da deusa Iduna (Encantor) em casamento. Loki como uma cobra que sempre foi, fala para o pai aceitar porém impor-lhe regras pesadas e um curto prazo pra que ele o termine, senão, mesmo acabado o reparo da muralha, ele não teria a mão da deusa, há um plot twist bastante simples ao final dessa história.

Descendo o sarrafo num Jotun.
No segundo capitulo é brevemente contada a função de Iduna em Asgard, ela é a responsável por colher os frutos dourados das arvores que alimentam os deuses, sem ela a fome assolaria a cidade sagrada, pois somente suas mãos podem tocar as frutas sagradas, quaisquer outras mãos, mesmo que de deuses toquem os frutos, eles caem e apodrecem. Loki é mostrado exilado, ele vaga sozinho e com fome por um deserto gélido e sem vida, o frio está até os ossos, até que ele recebe a visita de uma águia que zomba da sua situação, o semideus manda-a calar-se, porém a mesma continua a tirar uma com sua cara até perceber que está chutando cachorro morto e então lhe oferece um acordo, a Águia o alimentaria e o levaria de volta até os portões de Asgard sem esforço algum, mas em troca Loki teria de convencer Encantor a ser sua esposa. O meio-irmão de Thor não pensa duas vezes e aceita o contrato, ao chegar em Asgard ele chama Iduna para um passeio fora dos limites da cidade com a desculpa de que somente ela poderia colher um fruto que está no alto de uma montanha, ao chegar ao topo ele revela seu verdadeiro plano, a Águia era um gigante de gelo que prende Iduna e a toma como esposa de forma forçada. Asgard é tomada por uma grande fome, até que Odin convoca Thor (que atende seu pedido a contra gosto) e vai em busca da deusa.
Três anões tiveram a sorte que Odin nunca teve. Ah sortudos!
 No terceiro e último conto três anões forjam um item cada para serem presenteado a Odin, mas ele pode escolher apenas, são eles: uma braçadeira de ouro que quando golpeada libera moedas de ouro, uma espada capaz de cortar qualquer gigante sem o menor esforço e um colar que hipnotiza qualquer um que entrar em contato com ele. Obviamente, como um deus guerreiro, Odin escolhe a espada e os outros dois presentes voltam para a Terra dos anões, porém Encantor se maravilhou com aquela peça e sem que o pai de todos soubesse, ela vai até a Terra dos anões e se deita com eles (os três ao mesmo tempo) em troca do colar rejeitado. De volta a Asgard ela desfila pela cidade com o adorno no pescoço até que o deus supremo da cidade percebe e chama-a para perguntar-lhe como ela conseguiu aquela joia, ela lhe responde com: “Como o senhor acha?”. Tendo em vista que Encantor sempre negou os gracejos de Odin ele fica furioso, toma a joia da mesma e despedaça, puta da vida por ter sido privada de seu colar, Iduna amaldiçoa a Midgard e uma legião de guerreiros mortos sobe de suas tumbas para combater os vivos tamanha é a ira da deusa, logo, mais uma vez Odin tem que convocar seu filho preferido para resolver a situação no mundo terreno, mas não vai ser apenas chegar lá e mandar novamente pra cova todos os mortos vivos, dará muito mais trabalho do que aparenta.
Encantor (ou Iduna), dá pra entender porque todo mundo a quer.

Como dito no inicio dessa breve resenha, esses são contos nórdicos do Thor mítico travestidos graficamente com Thor do universo Marvel, a meu ver essas histórias não são canônicas, não fazem parte da cronologia dentro do universo regular da editora, podem ser lidos despretensiosamente, não é necessário ter um conhecimento prévio sobre o personagem e seu universo para entender o que se passa, a falta de detalhes entre a trama não atrapalha nem compromete a leitura, na verdade até acrescenta aquele ar de conto passado por gerações até está na forma em que está em suas mãos quando vai ler. No final desse mini encadernado ainda há um “What if...” do que aconteceria se o Thor fosse arauto de Galactus, não é pra levar a sério.


Thor – A Era do Trovão foi originalmente publicada em três edições separadas, elas são respectivamente: “Thor – Ages of Thunder”, “Thor – Reign of Blood” e “Thor – Man of War”, todas com roteiro de Matt Fraction e arte de Patrick Zircher, Khare Evans, Clay Mann, Victor Olazaba e June Chung. No brasil ela foi publicada em na revista Marvel Especial #15 em setembro de 2009.

Leia também:
Sin City - A Cidade do Pecado
Monstro do Pântano - Batalha pelo Verde

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Abraços e até a próxima.

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